Ah, o amor... esse sentimento sublime e masoquista que nos faz desejar a felicidade da pessoa amada, ainda que ao lado de um outro alguém. Que nos emburrece e nos leva a fazer idiotices e que, mesmo quando não é correspondido, deixa em nós aquela sensação de euforia e deslumbramento, de tristeza e (na maioria das vezes) de esperanças infundadas.
Discorde de mim se quiser. Até porque, acho difícil que seu ceticismo seja superior ao meu de dois anos atrás. Mas, a verdade é que é melhor sofrer por esse sentimento que pode nos levar ao céu e ao inferno, do que viver sem jamais experimentá-lo. Que motivos tenho para dizer isso? Você poderia perguntar-me. E eu lhe diria que as cores tornam-se mais vivas, que as flores parecem mais belas e que o dia mais sem-graça pode transformar-se num dos mais já vividos somente com a visão de um mero sorriso.
Entrementes, mesmo com tudo isso, persistem o medo e a incerteza de que vale a pena se arriscar, pagar para ver. De que não é tudo Por isso, digo que prefiro me arrepender das escolhas erradas que fizer ao longo dos anos, a chegar aos meus últimos dias e lamentar não ter me arriscado por medo. Porque, ainda que incontáveis lágrimas desçam por minha face, não quero ir-me embora sem ouvir aquelas 7 letras que hão de soar-me como melodia: EU TE AMO.
Escrito pela Elexandra Martins